Palácio da Ajuda: Ciclo de Conferências de Verão

O Palácio da Ajuda - Palco de História contemporânea


29 de maio | 19 e 26 de junho | 3 de julho |Quintas às 18h30 | Entrada livre



Organização: Instituto de História Contemporânea / Direção Geral do Património Cultural / Palácio Nacional da Ajuda


Fotografia: PNA inv. 60049

O Palácio Nacional da Ajuda é indissociável da representação de poder de todo o século XIX até à República e palco de vários acontecimentos políticos que marcaram a história contemporânea. Do rei D. João VI, com quem se inicia a construção, e a sua permanência no Brasil em consequência das invasões francesas; a aclamação de D. Miguel na Ajuda; D. Pedro IV já como duque de Bragança após a vitória liberal, seguindo-se décadas de utilização para cerimónias pelos monarcas seguintes. Por fim, a partir de 1862, a vinda do rei D. Luís para habitar este palácio fez deste palco de vários acontecimentos políticos e de representação da coroa até ao fim do regime.








29 de Maio: 
O Tempo da Belle Époque e a Monarquia

Fernanda Rollo

Instituto de História Contemporânea/Faculdade de Ciências Sociais e Humanas/ Universidade Nova de Lisboa



19 de Junho: 
O Palácio Nacional da Ajuda na política portuguesa. Segunda metade de oitocentos

Teresa Sousa Nunes

Instituto de História Contemporânea /Faculdade de Letras/Universidade de Lisboa



26 de Junho: 
O Rei e o Palácio: biografia política de D. Luís no Palácio da Ajuda

Paulo Jorge Fernandes

Instituto de História Contemporânea/Faculdade de Ciências Sociais e Humanas/ Universidade Nova de Lisboa



03 de Julho:
Reconfigurar os espaços do poder real nos finais do século XVIII: entre os Terreiro do Paço e a Ajuda.

José Monterroso Teixeira

Direção-Geral do Património Cultural/Universidade Autónoma de Lisboa






Dia Internacional do Museus



O Dia Internacional dos Museus, criado pelo ICOM (Conselho Internacional de Museus) há cerca de 37 anos, tem o objectivo de sensibilizar o público para o papel dos museus na sociedade e aproximá-lo dos mesmos. Anualmente, é proposta uma temática comum a todos os países, visando uma universalidade nas comemorações. Para 2014 a temática proposta foi: “Museus: as colecções criam conexões.


Apesar de não ser evidente a ligação de uma Biblioteca a um museu, mesmo que instalada num Palácio, a mesma poderá ser estabelecida tendo em conta o conceito de colecção e a conectividade da mesma com os visitantes de várias gerações. Como tal, a Biblioteca da Ajuda associou-se, pela primeira vez, às comemorações oficiais do Dia Internacional dos Museus, cujas celebrações decorreram durante o dia 18 de Maio (domingo).  
 
Na manhã do dia 18 de maio teve início, pelas 10h00, uma das actividades programadas para o dia em questão: visitas livres e guiadas às suas instalações. Esteve igualmente patente uma mostra de alguns facsímiles de manuscritos emblemáticos da Biblioteca, como o "Cancioneiro da Ajuda", o "Livro das Traças de Carpintaria" e o "Roteiro da Costa do Brasil", permitindo não só o manuseio dos mesmos, como a percepção  da necessidade de conservação dos originais respectivos.




Foram expostos, igualmente, diferentes tipos de encadernações, diferentes pelas dimensões e riqueza dos materiais de ornamentação, como veludos, sedas, aplicações de prata e ouro, bem como, um núcleo de objectos de várias épocas, como canetas de aparo, "mata borrões" e outros, que expõem os hábitos, usos e costumes dos bibliotecário de outros tempos e que já só se constituem como memória, relativamente recente, é certo, mas em total desuso numa sociedade já habituada aos infindáveis recursos que as novas tecnologias nos proporcionam.

Obras recebidas na Biblioteca da Ajuda

Oferta da Biblioteca Nacional de Portugal:

Maurício Bensaúde / Mário Moreau. - Lisboa : Biblioteca Nacional de Portugal ;. - Angra do Heroísmo : Secretaria Regional da Educação, Ciência e Cultura - Direção Regional da Cultura, 2014. - 182 p. : il.

 capa
A obra traça a biografia de Maurício Bensaúde, «uma das figuras mais notáveis da arte lírica portuguesa de todos os tempos», que, ao longo de 28 anos, cantou nos mais importantes teatros de Portugal, da Europa, da América e da Austrália, «[…] sempre com os maiores aplausos do público e da crítica […]», e cujo «[…] nome figurou, sem se diminuir, ao lado das maiores celebridades mundiais do seu tempo».

Além da biografia, este estudo conta também com uma detalhada cronologia da sua vida e obra, o repertório interpretado, e um vasto conjunto de fotografias de artistas ligados à carreira de Maurício Bensaúde.
Livraria on line (BNP)




Maurício Bensaude (1863 – 1912) foi um cantor lírico português, que atingiu renome internacional, tendo cantado nos melhores teatros da Europa, Américas e Austrália.

Nascido em Ponta Delgada, em 1863, partiu, em 1884, para Lisboa, onde, após uma passagem pela Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa, concluiu o curso de Arte Dramática do Conservatório de Lisboa.
Estreou-se em Lisboa, aos 21 anos, na obra D. César de Bazán, do compositor Francisco Alves Rente. Depois de uma curta carreira no teatro declamado e opereta, partiu, aos 26 anos, para Itália, para aprender canto, tendo estudado com o tenor Pozzo e com Arcangelo Rossi. Em 1891, estreou-se com a companhia lírica de Voghera, interpretando o papel de Escamillo, na ópera Carmen.
O seu repertório atingiu o apreciável número de 46 óperas, integrando o elenco de algumas das mais famosas produções da sua época e contracenando com os maiores cantores do seu tempo, de Adelina Patti e Francesco Tamagno a Nellie Melba, de Enrico Caruso, a Haricléa Darclée e Ema Calvé, passando por Francesco Pandolfini, entre muitos outros.
Em 1896, foi escolhido por Giacomo Puccini para interpretar o papel de Marcello, na estreia da sua nova produção de La Bohème, no Teatro da ópera de Buenos Aires. Pela qualidade da sua voz, em 1902, Felipe Pedrell convidou-o para interpretar os papéis de Bardo dos Pirinéus e de Sicart, na ópera Os Pirinéus.

Em Portugal foi professor de canto e administrador do Teatro de São Carlos, posição que ocupou até à sua morte, em Dezembro de 1912



Exposição Palácio Nacional de Mafra


Depois da exposição inicial no CCB, no âmbito das Comemorações dos 20 anos de existência do centro Cultural de Belém, a exposição - "O repto da Europa: a representação das cidades europeias nas bibliotecas régias: Ajuda, Mafra e Vila Viçosa" -, dinamizada pelo Dr. Vasco Graça Moura, e após uma primeira itinerância no Palácio de Vila Viçosa, estará patente, de 19 de Maio a 8 de Julho, no Palácio Nacional de Mafra.


 “No quadro de uma cooperação com as bibliotecas do Palácio da Ajuda, do Palácio Nacional de Mafra e do Paço Ducal de Vila Viçosa, cujos acervos são de uma riqueza extraordinária, ocorreu-nos que seria interessante aproximar a presente exposição bibliográfica, organizada com a colaboração daquelas três instituições, das celebrações, ainda em curso, dos 20 anos da existência do Centro Cultural de Belém.
Recorda-se neste ensejo que o CCB foi inaugurado em 1992 para acolher a primeira presidência portuguesa da Comunidade Económica Europeia a que o nosso país tinha aderido em 1986. Às entidades organizadoras pareceu portanto que se justificava apresentar uma selecção de livros com imagens de cidades dos Estados que formavam a desde então denominada Europa dos Doze (...) .A qualidade das obras seleccionadas e das ilustrações escolhidas fala por si, do mesmo passo que contribui para chamar a atenção para três bibliotecas preciosas e respectivas colecções de livros antigos. Com efeito, trata-se de espécimes muito raros, não raro de invulgar aparato de dimensões e requintado sentido da ilustração monumental, que, com todas as diferenças nas gravuras e vistas de cidades que documentam, não deixam de indiciar a existência de uma fundamental identidade europeia.

Houve a preocupação de organizar esta exposição tendo em conta os aspectos que poderiam ser visualmente mais sugestivos. Assim, ela servirá decerto, não só o interesse dos especialistas do livro antigo e da sua história, mas também o interesse do público em geral, contribuindo para mostrar a toda a gente que, na era do digital, continua a haver espaço para o livro na sua forma tradicional e para o riquíssimo complexo de valores culturais e sociais a ele ligados e que dificilmente podem ser postos de lado pela existência e disponibilidade de outros suportes (...)”
Vasco Graça Moura
 
Catálogo da Exposição

Dia Internacional dos Museus - 18 de Maio

AVISO

Informamos que, devido à realização da mostra expositiva, por ocasião do Dia Internacional dos Museus  2014 (18 de Maio), a Biblioteca da Ajuda, estará encerrada, à leitura, na sexta-feira feira, a partir das 14h., retomando o horário normal na segunda feira, dia 19 de Maio.
Agradecemos a compreensão dos nossos leitores para esta situação.

Uma história de jardins: A sua arte na tratadística e na literatura

 

BIBLIOTECA NACIONAL DE PORTUGAL

EXPOSIÇÃO | 15 maio - 31 jul. | Sala de Exposições | Entrada livre

Folha de sala

A exposição, comissariada por Ana Duarte Rodrigues, visa dar a conhecer ao grande público o valioso acervo de livros sobre jardins conservados na Biblioteca Nacional de Portugal e na Biblioteca da Ajuda. A mostra, distribuída por cinco núcleos, vai tornar visíveis as imagens, os conteúdos, os autores, as edições e as ideias sobre a arte dos jardins que circulavam em Portugal na Idade Moderna.

A exposição será complementada por um catálogo, no qual se incluem os estudos desenvolvidos por Ana Duarte Rodrigues, Ana Lemos, Ana Paiva Morais, Aurora Carapinha, Jean-Pierre Le Dantec, Manuel Patrocínio, Maria Teresa Caetano e Nicolas Fiévé.


[ BNP S.A. 6634 P ]
O primeiro núcleo intitula-se Primeiro havia um jardim... e pretende realçar o
começo da Humanidade justamente num jardim: o Éden. Mas pretende também destacar os livros de maior divulgação: a Bíblia e as Metamorfoses de Ovídio, que se tornaram, assim, textos privilegiados para transmitir ideias e imagens de jardins e paisagens.

O segundo núcleo, Do útil para o belo, abrange os tratados de agricultura espanhóis, franceses e italianos com maior sucesso entre nós, que incluíam pequenos capítulos dedicados aos jardins, e através dos quais se iniciou em Portugal a divulgação daquela arte. Nele podemos encontrar algumas das edições oitocentistas dos tratados hispano-muçulmanos escritos durante a Idade Média e que foram decisivos para o desenvolvimento da arte dos jardins na Península Ibérica.

O terceiro núcleo, dedicado ao Jardim de Prazer, que começa com o Hypnerotomachia Poliphili, o sonho de Polifilo, o qual, na sua busca erótica, atravessa múltiplos jardins e paisagens. Neste conjunto incluem-se todos os tratados de arquitetura civil especialmente dedicados às casas de campo, assim como o paradigmático tratado de Dézallier d’Argenville sobre o jardim formal. Complementarmente incluíram-se as mitografias que proporcionavam aos artistas o conhecimento dos deuses – biografias, aparência, atributos – assim como os livros com desenhos de fontes e os tratados de engenharia hidráulica que permitiram divulgar os sistemas de jogos de água, em voga na Europa.
  
 [ BA 76-III-23 a 76-III-26 ]

O quarto núcleo O «locus amoenus» é o locus do amor remete para o jardim da Arcádia, tema recuperado pelo jardim inglês, dito de paisagem. A este jardim, mais bucólico, corresponde uma poética diferente, mais sentimental, por oposição à evocação do prazer associada ao jardim de estilo francês, nomeadamente às Fêtes de l’Île Enchantée.

 [ BA 33-IV-37]

 O quinto núcleo, e porque tudo começou na árvore do  conhecimento, não poderíamos deixar de incluir uma pequena área dedicada aos livros e dicionários de  botânica que circularam entre nós.






Obras recebidas na Biblioteca da Ajuda

Portugal - China: 500 Anos


capaNo ano em que se cumpriram 500 anos sobre a viagem que levou Jorge Álvares de Malaca ao Mar da China Meridional com um carregamento de pimenta da Samatra destinado a Cantão, a Biblioteca Nacional de Portugal (BNP) realizou esta obra, de autoria coletiva e multidisciplinar, que conta com a colaboração de académicos e investigadores em diversas áreas: fontes históricas, tipografia e imprensa, cartografia, urbanismo e história da arte, missionação, história das relações internacionais, letras, artes, música, orientalismo e sinofilia, história da ciência e da tecnologia, linguística e história das migrações.

Livraria online


Portugal – China: 500 anos:
Comemorar a China no grande encontro do Ocidente com o Oriente - António Vasconcelos de Saldanha 
A China sem mistério: Portugal e a China no início de uma nova era - Miguel Castelo-Branco

Primeiros olhares
A primeira descrição da China: o manuscrito da Suma Oriental de Tomé Pires - Rui Loureiro
Bárbaros folangji ao largo - Miguel Castelo-Branco
O grande retrato do mundo oriental: a Peregrinaçam de Fernão Mendes Pinto - Rui Loureiro
Uma descrição da China para leitores europeus:
O diálogo De Missione Legatorum Iaponensium, de Duarte de Sande - Rui Manuel Loureiro 

Formalização do espaço
A representação da China em Fernão Vaz Dourado - Francisco Roque de Oliveira
A primeira carta europeia da China: o mapa de Luís Jorge de Barbuda - Rui Manuel Loureiro 
O delta do Rio das Pérolas - Francisco Roque de Oliveira
Planta de Macau - Francisco Roque de Oliveira
Macau e as cidades comerciais de tradição manuelina - Hélder Carita 
Arquitetura sino-portuguesa: um exemplo emblemático - Pedro Dias

Perpetuar a palavra
Com letras metálicas se começa a escrever - João José Alves Dias
Os primeiros caracteres chineses impressos no Ocidente, 1570 - João José Alves Dias
Os primeiros caracteres europeus impressos na China, 1588 - João José Alves Dias 

Mandarins de Deus
O Padroado Português no Extremo Oriente - Teresa Sena
A Diocese de Macau - Teresa Sena
Tomás Pereira, o jesuíta do imperador - Joaquim Magalhães de Castro
O Édito da Tolerância - Teresa Sena

Diálogo da Coroa com o Dragão
A preparação de uma embaixada joanina - Miguel Castelo-Branco
A embaixada de Alexandre Metelo de Sousa e Menezes - Miguel Castelo-Branco
O Grande Rolo Amarelo – Fátima Gomes
Chapas sínicas: notícia de uma colecção - Isaú Santos

Desvendar segredos
Contactos linguísticos luso-chineses: Tomé Pires, intérpretes e missionários - Telmo Verdelho
Produção metalinguística do encontro luso-chinês e memória da língua chinesa no português - Telmo Verdelho
Mestres - fundidores portugueses na China - Vitor Luís Gaspar Rodrigues
Arsenal de Macau - Vitor Luís Gaspar Rodrigues
Medicina chinesa e medicina ocidental: os primeiros contactos - Adelino Cardoso | Bruno Barreiros

Viagens do Gosto
A porcelana chinesa - Maria Antónia Pinto de Matos 
Sobre o conceito de chinoiserie - António Filipe Pimentel 
O programa de chinoiserie da Biblioteca Joanina - António Filipe Pimentel
O património musical chinês em Portugal - Enio de Souza
A cultura do chá em Portugal - José Eduardo Mendes Ferrão

Rompe-se a Muralha
O anfião - Maria Helena do Carmo
Macau no tráfico dos cules - Miguel Castelo-Branco 
O Tratado de 1862 - Miguel Castelo-Branco
O Tratado Luso-Chinês de 1887 - Miguel Castelo-Branco
O conde de Arnoso Em Caminho de Pequim - Ana Maria Costa Lopes
Eça de Queirós e o Oriente - Carlos Reis
Camilo Pessanha e uma Ata Secreta do Governo de Macau - Daniel Pires
Diplomatas chineses em Portugal - Miguel Castelo-Branco
Relações luso-chinesas em vésperas de revoluções - Miguel Castelo-Branco
A fotografia na China: do declínio da dinastia Qing à Revolução Cultural - Ângela Castelo-Branco | António Faria
Os fotógrafos de Macau e os portugueses que fotografaram a China - Ângela Castelo-Branco | António João Diogo Faria

Das portas do cerco e mais além
O macaense: português do Extremo Oriente - Miguel Castelo-Branco
Os Rangel de Macau: percurso de uma família macaense - Pedro Daniel Oliveira
Portugueses em Hong Kong - Miguel Castelo-Branco
Portugueses de Xangai - Alfredo Gomes Dias

Do conhecimento que fica
Sinologia portuguesa: caminhos e veredas - António Aresta
Ta-ssi-yang-kuo: um marco indelével da imprensa de Macau - Daniel Pires
Um prefácio inédito de Wenceslau de Moraes - Daniel Pires
Fernando Pessoa bilingue impresso em Macau - João José Alves Dias
José Maria Braga/Jack Braga, 1897-1988: ensaísta e colecionador - Isaú Santos
Henrique de Senna Fernandes – o escritor de Macau - 
Ana Maria Costa Helena Cunha Raquel Paradella LopesH

Chegar ao Mundo por Portugal
A comunidade chinesa em Timor - Fernando Figueiredo 
Os primeiros chineses em Portugal - Ana Matias
Os chineses de Moçambique - Ana Matias
A nova imigração chinesa - Ana Matias

Do Oriente, o Vermelho
O Oriente Extremo - António Araújo 
Tigres de papel - António Araújo 

O retorno das Embaixadas
Em tempo de Guerra Fria - Moisés Silva Fernandes
Restabelecimento de relações diplomáticas, 1979 - João de Deus Ramos
Declaração Conjunta Luso-Chinesa sobre Macau, 1987 - João de Deus Ramos
Relações Portugal-China no século XXI - José Tadeu Soares